Sempre digo e repito que relações de causa e efeito únicas devem ser cuidadosamente consideradas quando o assunto é obesidade. Aqui não é diferente. Mas o próprio estudo chama atenção para o fato de que dormir tarde pode refletir um estilo de vida mais irregular.
O estudo de Março de 2020 publicado a Pediatrics que fazia parte de um estudo mais amplo sobre obesidade e concentrou-se em 107 crianças na Suécia, com 64 das crianças tendo um pai que foi classificado com sobrepeso ou obesidade.
Os pesquisadores monitoraram o peso, a altura e a circunferência da cintura de cada criança entre um e seis anos, todas as crianças tiveram medidas semelhantes quando o estudo começou.
O sono foi monitorado por sete dias consecutivos uma vez por ano durante o estudo, usando um rastreador usado no pulso da criança.
Eles descobriram que as crianças que habitualmente dormiam tarde – definidas pelos pesquisadores às 21h – tinham uma cintura mais larga e um IMC (índice de massa corporal) mais alto no final do estudo.
O autor sugeriu que ficar acordado após as 21h poderia ser um sinal de um estilo de vida geral que coloca as crianças em maior risco de estar acima do peso, em vez de seu ganho de peso estar diretamente conectado à hora de dormir.
“Minha hipótese pessoal é que isso é mais um marcador de uma vida mais irregular”, disse ele.
Entretanto acrescenta que algumas das regiões do cérebro envolvidas na regulação dos ciclos de sono e vigília também gerenciam o comportamento de comer e jejuar.
Portanto, a regulação do sono e do peso corporal está intrinsecamente entrelaçada em vários níveis.
Uma grande limitação do estudo foi o pequeno número de crianças envolvidas.
No entanto, os pesquisadores foram capazes de medir objetivamente as características do sono por meio do rastreador de pulso, em vez de confiar nas informações transmitidas por pais e filhos, algo que Marcus disse não ser confiável.
Embora os filhos de pais com sobrepeso ou obesos tenham maior probabilidade de estar acima do peso, o estudo constatou que essas crianças não dormiam diferentemente do que seus pares.
A causalidade é difícil de estabelecer. Também pode ser um efeito do estresse, e não do sono”, disse Marcus.
O estudo sugere que os esforços para prevenir a obesidade devem prestar mais atenção ao sono, não há mais dúvidas sobre essa relação.
Confira o artigo na íntegra → https://drive.google.com/file/d/1sbDe8cxLvQYKBTffRbsvYh5Zf7jtYtff/view?usp=sharing
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