Esse artigo da revista Pediatrics (@aap_pediatrics), embasa o que temos visto muito nos últimos meses na prática.
As populações mais vulneráveis ganharam mais peso e a prevalência de obesidade infantil aumentou 2% em 9 meses na região estudada pelo artigo na Filadélfia. O estudo incluiu uma população de cerca 300.000 crianças de 2 a 17 anos.
Nos gráficos (arraste para ver) vemos que as diferenças já existentes antes da pandemia se exacerbam de março a dezembro de 2020 o que nos faz olhar com mais importância pra o ambiente em que as crianças estão inseridas.
Os esforços para reduzir a transmissão de COVID-19 provavelmente contribuíram para o agravamento da obesidade pediátrica nessa população justamente por agravar o que já acontecia antes da pandemia.
Para famílias desfavorecidas, muitos dos fatores de risco que comprovadamente promovem o ganho de peso durante as férias escolares por exemplo, estiveram mais presentes durante o ano todo nesta pandemia. Isto inclui:
- Rotinas familiares irregulares
- Sono irregular
- Atividade física reduzida
- Maior tempo de tela
- Maior acesso a alimentos ultraprocessados
- Menos acesso a refeições oferecidas na escola.
Segundo o artigo, nosso papel como pediatras é ajudar a minimizar os danos do isolamento social das crianças com orientações personaliza, ou seja, baseadas na realidade de cada família.
Um desafio e tanto!
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